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Empreendedor Individual completa um ano de existência

por Randolfo Oliveira

No dia 1º de julho de 2009 entrou em vigor a lei complementar nº 128/2008, que instituiu a figura jurídica do Empreendedor Individual, um aprimoramento da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Com isso, aqueles que trabalham por conta própria ou com a ajuda de até um funcionário e tenham renda bruta anual de até R$36 mil, agora podem registrar seu negócio de maneira muito mais fácil e rápida, além de usufruir de inúmeros benefícios fiscais e previdenciários.

Portal do Empreendedor

Todo processo de registro do Empreendedor Individual é feito através da internet

Quem deseja se formalizar na nova categoria agora só precisa acessar o Portal do Empreendedor e seguir as instruções na página, que contém informações detalhadas sobre o processo de inscrição. Caso o futuro empresário ainda necessite de ajuda, o registro pode ser feita com o auxílio de empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional, listadas aqui, que farão o processo de abertura e a primeira declaração gratuitamente.

Segundo balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), até o dia 08 de junho 311 mil brasileiros aderiram ao novo sistema, registrando seus negócios e deixando a informalidade. Minas Gerais é o terceiro estado com mais empreendimentos individuais registrados no país, 34.513, atrás apenas de São Paulo (70.061) e Rio de Janeiro (41.487). A meta do Governo Federal é tirar um milhão de brasileiros da informalidade até o final de 2010.

Foi através do Emprendedor Individual que, em Juiz de Fora, a cabeleireira Aline Seródio conseguiu se tornar empresária, saindo da informalidade e realizando o sonho de abrir o seu salão, no bairro São Pedro. E ela está satisfeita com a mudança. “Quando você se formaliza, as pessoas te tratam de forma diferente. Eu achava que era um bicho de sete cabeças, tinha um medo enorme dos impostos, mas hoje não tem mais tantos impostos, que é o que mais assusta. Eu tenho uma casa pequena nos fundos da minha casa e era lá que eu atendia, ficava escondida para não pagar impostos. Eu resolvi procurar o Sebrae e quando eu recebi todas as orientações, vi que era tudo muito fácil. Então, hoje eu aconselho as pessoas a fazerem o mesmo que eu”, comenta. OUÇA

Mas Aline teve alguns problemas. Segundo a empresária, apesar de todas as facilidades para registrar o seu negócio, o que aconteceu em apenas dois dias, o alvará da prefeitura levou mais de quarenta dias para ser expedido, depois de muita dor de cabeça. Para Jefferson Santos, analista do Sebrae, esse é um erro muito comum. “O ideal é que, antes de qualquer coisa, os empreendedores procurem a prefeitura para verificar se o tipo de negócio que pretendem abrir é compatível com o local escolhido. Aí sim, após obter a autorização, a pessoa pode continuar o processo de registro da sua empresa. Após a emissão do CNPJ o empresário tem um prazo de 180 dias para apresentar o alvará de funcionamento da prefeitura e, caso não o apresente, o CNPJ é cancelado”, explica.

Jefferson comenta também sobre as vantagens para aqueles que se formalizam através do Empreendedor individual. “Os benefícios previdenciários são os mesmos que qualquer pessoa que contribui para o INSS, como aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, auxílio maternidade e auxílio doença e, para a família, auxílio reclusão e pensão por morte. Eles ainda têm acesso a linhas de crédito criadas pelos bancos, principalmente Banco do Brasil e Caixa, com limite pré-aprovado e que fazem parte de um pacote de benefícios que os bancos oferecem. Por fim, eles têm acesso à capacitação, como aquelas oferecidas pelo Sebrae especificamente para o empreendedor individual.”


Assista à entrevista com Jefferson Santos

O Sebrae Minas desenvolveu diversos materiais para auxiliar as pessoas que desejam se formalizar e oferece em sua página na internet uma cartilha, programas de rádio com explicações para as principais dúvidas e 10 manuais com idéias de negócio para os empreendedores individuais. Além disso, oferece orientação gratuita nos seus escritórios em diversas cidades ou na sua central de relacionamento, através do telefone 0800 570 0800. Com essas ações, a expectativa é atingir a marca de 102 mil empreendedores individuais formalizados em Minas Gerais até dezembro.

Como surgiu o Empreendedor Individual

Em 2003, a segunda pesquisa sobre a economia informal no país (Ecinf2003), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Sebrae,  identificou que 98% dos 10.525.954 pequenos empreendimentos brasileiros não eram formalizados. Anteriormente, o levantamento de 1997 apontou que esse número chegava a 99%. Apesar da ligeira melhora, percebeu-se a necessidade de realizar ações que incentivassem esses trabalhadores a se formalizar.

O estudo ainda constatou de que 95% das pequenas empresas do país tinham apenas um proprietário e 80% apenas uma pessoa ocupada, mostrando que a grande maioria dos empreendimentos era formada por pessoas que trabalhavam sozinhas, sem sócios ou ajudantes não-remunerados. Dentre os trabalhadores por conta própria, a receita mensal média era de pouco mais de R$1.100 e o lucro (receita menos despesas) ficava abaixo de R$700.

A partir desses e de outros dados do Ecinf, começou a discussão de propostas para simplificar o processo de abertura de empresas e criar condições para que os empreendedores se formalizassem e passassem a ter mais oportunidades para se desenvolverem no mercado. A primeira vitória aconteceu em 2006, com a implantação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que promoveu mudanças importantes para os pequenos negócios brasileiros. Alguns dos benefícios conquistados foram a desburocratização na abertura das empresas, possibilidade de formação de consórcios de empresas para obter vantagens competitivas, acesso aos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para obter financiamentos com juros mais baixos e a unificação dos tributos federais, estaduais e municipais, com a consequente redução das alíquotas, o chamado Super Simples ou Simples Nacional, que começou a vigorar em julho de 2007.

Por fim, em dezembro de 2008, foi sancionada a lei que regulamentou a atividade do Empreendedor Individual e estabeleceu normas e prazos para sua implantação, assim como todos os benefícios fiscais, tributários e de assessoria para abertura e gestão do negócio.

Algumas vantagens de se tornar um Empreendedor Individual
Fonte: Sebrae

Empreendedor Individual

Modelo de divulgação do Empreendedor Individual pelo Sebrae

1- A legalização do negócio bem como a primeira declaração anual serão feitas de forma gratuita pelos contadores listados no Portal do Empreendedor.

2- Toda a parte burocrática terá custo zero também para as taxas de alvará etc.

3- Os impostos serão em valores fixos e hoje, no valor máximo de R$ 62,10, sendo R$ 56,10 para a Previdência Social (equivalente a 11% do salário mínimo), mais R$ 5,00 de ISS – Imposto Sobre Serviços e apenas R$ 1,00 de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Mais nada.

4- Os novos empresários terão direito aos benefícios da Previdência Social como aposentadoria por idade e outros auxílios.

5- A empresa será registrada no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas) e terá personalidade jurídica própria. Isso quer dizer que a empresa poderá comprar, vender e até participar de licitações, podendo gerar uma renda extra que antes nem se poderia imaginar em obter.

6- Poderão ser emitidas Notas Fiscais para todas as suas vendas, sendo obrigatórias somente quando houver venda para pessoas jurídicas, ou seja, para outras empresas.

7- O Empreendedor Individual ainda poderá ter um empregado registrado – desde que este receba entre o salário mínimo e o piso salarial da categoria, pagando apenas mais 3% do salário do empregado, a título de Previdência Social. É uma excelente forma de evitar ter empregados sem registro e estar sujeito às reclamações trabalhistas. Também caso o empregado sofra um acidente de trabalho, por exemplo, terá sua remuneração assegurada pela Previdência Social.

8- Praticamente todos podem ser Empreendedores Individuais. Camelôs, ambulantes, vendedoras de cosméticos, verdureiros, cabeleireiros, eletricistas e outros profissionais que vivem sem poder comprovar uma renda formal, sem poder emitir uma nota fiscal e até mesmo sonhar mais alto com um crescimento pois a carga tributária era incompatível com o início dos pequenos negócios.

9- A partir da formalização da empresa, poderá fazer empréstimos bancários para crescer, com taxas bem menores que as praticadas para as pessoas físicas.

Para mais informações sobre o Empreendedor Individual:
Sebrae – 0800 570 0800
Previdência Social – 135

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Alunos da UFJF fazem resgate histórico da arquitetura da cidade

por Randolfo Oliveira

Calendário é composto por 48 ilustrações de prédios históricos de Juiz de Fora

A representação artística de edificações de Juiz de Fora tombadas pelo patrimônio público. A aproximação da população com a sua história e o aprofundamento do vínculo com seu lugar de origem através do olhar. Esses são os fundamentos do projeto “Juiz de Fora para sempre”, em que alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), levam a público suas ilustrações de prédios históricos, colocando em prática as técnicas aprendidas na disciplina “Técnica em Retrospectiva” ao mesmo tempo em que prestam um trabalho de divulgação cultural da cidade.

Desde o início do projeto, os alunos já produziram dois cartazes, além de terem 48 de suas ilustrações compondo o calendário comemorativo dos 160 anos de Juiz de Fora. Para o professor Jorge Arbach, que coordena o projeto, essa ação ajuda a levar o conhecimento à população e faz com que as pessoas passem a admirar e ter interesse em preservar esse patrimônio. “Existe ainda a questão da autoestima, dos moradores valorizarem o lugar onde vivem. Então, o que a gente faz com o calendário e com os cartazes é exatamente isso, mostrar o que é bonito e cativar as pessoas”, afirma. OUÇA

2º cartaz da série "Juiz de Fora para sempre"

Os alunos também aprovam a iniciativa. “Esse trabalho possibilitou que eu aplicasse meus conhecimentos técnicos e conhecesse melhor os prédios tombados da cidade. E o interessante é que através desse projeto, o público pode conhecer mais sobre a cultura da cidade de uma maneira diferente”, explica a estudante de Arquitetura Paula Rocha.

O professor Arbach acredita que a participação nessa iniciativa é extremamente importante para a vida profissional dos alunos, que fazem um levantamento histórico, técnico, fotográfico e documental das edificações. “É um trabalho de responsabilidade social. Através dessa atividade eles passam a se sentir participantes da vida social em seu espaço”, conclui. OUÇA

Outras ações já estão previstas para dar continuidade ao projeto. Em breve serão lançados jogos infantis para a rede escolar, postais e camisetas, entre outros produtos, que serão utilizados na divulgação do patrimônio histórico e cultural de Juiz de Fora.

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Sindicato Rural de Juiz de Fora oferece cursos gratuitos de informática

por Randolfo Oliveira

Jeca Tatu

Reprodução de imagem do personagem de Monteiro Lobato

Um dos mais famosos personagens criados pelo escritor Monteiro Lobato é o Jeca Tatu, representação do homem do campo no início do século XX, com seu jeito preguiçoso e desinteressado em procurar melhorias para sua vida, por não acreditar que existissem alternativas para que isso acontecesse. A desmotivação e a falta de cultura eram outras características que completavam esse personagem. O próprio autor dizia que “Jeca Tatu não é assim, ele está assim”, em referência à falta de oportunidades oferecidas na época pelo governo para melhorar as condições de vida do homem do campo e que, com alguma ajuda, ele poderia se desenvolver. E se ainda hoje existe um pouco desse estereótipo de que o trabalhador rural tem as características do personagem de Monteiro Lobato, essa situação tende a mudar.

No dia 1º de junho, o Sindicato Rural de Juiz de Fora inaugurou em suas instalações a sala do Programa de Inclusão Digital, onde são oferecidos, gratuitamente, cursos básicos de informática para produtores rurais e suas famílias. A iniciativa é uma parceria do sindicato com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para levar mais conhecimento e oportunidades àqueles que vivem no campo.

Computadores novos à disposição dos produtores rurais da região

Na sala, dez computadores novos são utilizados para a aplicação do curso que é realizado de segunda a quinta-feira, com duração total de 16 horas, e pode ser feito no período da manhã ou da tarde. Nas aulas, os alunos aprendem desde como ligar o computador e utilizar aplicativos como editores de texto e planilhas, até acessar a internet e criar seu próprio endereço de e-mail. O curso ainda inclui um livro ilustrado e em cores com todo o material de aula para referência e o sindicato oferece um “tira-dúvidas” às sextas-feiras para aqueles que tiverem alguma dificuldade e disponibiliza os computadores para uso após o curso, caso a sala esteja disponível.

Para o presidente do Sindicato Rural, Domingos Frederico, o curso oferece ao produtor a oportunidade de se modernizar e entrar em contato com o mercado de forma mais ampla, além de passar a ter acesso a importantes ferramentas para seu negócio. “Com o conhecimento de informática, o produtor pode consultar no Canal do Produtor os preços dos produtos agrícolas no Brasil inteiro, além de informações vindas diretamente da CNA”, explica. OUÇA

Os interessados em participar dos cursos só precisam ligar para o Sindicato Rural, no telefone (32) 3215-1006, e informar alguns dados pessoais para se inscreverem. Assim que a turma estiver completa, a lista de alunos é enviada ao Senar para aprovação e, em alguns dias, o curso é iniciado.

Com essa iniciativa, tudo indica que em breve a relação do trabalhador rural com o personagem Jeca Tatu fará parte apenas da história da literatura brasileira e de uma realidade distante da que poderá ser vista no campo.

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Mercado de publicidade em Juiz de Fora não acompanha tendência nacional de investimentos em internet

por Randolfo Oliveira

Nos primeiros três meses deste ano, os investimentos em publicidade aumentaram 25% na comparação com o mesmo período de 2009. Segundo dados do Projeto Inter-Meios, a movimentação do setor atingiu R$5,4 bilhões, sendo R$2,2 bilhões apenas no mês de março.

Nas agências de publicidade da cidade, TV ainda é mídia mais procurada

O maior crescimento foi na internet, em que o aumento chegou a 38% de janeiro a março de 2010, atingindo a marca de R$235 milhões. Mas, apesar do crescimento no mercado de anúncios online, a mídia com maior participação nas receitas publicitárias ainda é a televisão, que detém 63% do total, com R$3,4 bilhões no primeiro trimestre desse ano.

Em Juiz de Fora, o mercado publicitário também apresenta expansão e domínio dos anúncios em televisão, mas a internet ainda não recebe muita atenção pelos empresários locais. Segundo Cléber Horta, diretor de criação da agência Trópico Propaganda, isso se deve, em grande parte, à visibilidade que um anúncio na TV possui se comparado a outras mídias. “Muito do que é veiculado hoje em propaganda na cidade é muito direcionado para a TV porque é o mais rentável para as agências. E o que eu vejo é que cada vez mais a internet tem tomado o espaço do impresso, que é pouco, principalmente porque o juizforano não tem o costume de ler jornal todo dia”, comenta. OUÇA

Mas nesse cenário, uma empresa da cidade faz uma aposta diferente, focando suas ações no mercado de internet. O Estúdio Chico Rei, que produz camisas e adesivos, trabalha sua divulgação em redes sociais, como o Orkut, o Twitter e o Flickr, além de blogs e, com isso, mantém um contato mais próximo e diferenciado com seus clientes e fornecedores.

Estúdio Chico Rei foca seus investimentos no mercado virtual

O sócio-diretor da empresa, Bruno Imbrizi, diz que 99% das vendas são realizadas através da internet, para clientes de todas as partes do Brasil. Para que seja possível trabalhar dessa forma, a Chico Rei possui um sistema que complementa a estratégia de divulgação online. “O cliente faz o pedido pelo site e há um sistema automático que confirma o pagamento e o pedido. A partir daí, o produto é separado no estoque real e enviado pelos Correios. E a maioria das entregas é feita entre um e três dias úteis para qualquer parte do Brasil, com frete gratuito.” OUÇA

Para Bruno, a principal característica da resposta do investimento em internet é ela ser praticamente instantânea e, pelo crescimento da empresa, a aposta nesse segmento foi acertada. “A gente tem uma resposta pela quantidade de vendas, pela quantidade de acessos, pela quantidade de e-mails dos clientes. Cada propaganda tem um direcionamento. Há aquelas para falar da Chico Rei, sobre uma camiseta determinada, e a promoção ou a publicidade voltada para vendas, que é avaliada pelo volume de venda maior que o normal. E, dessa forma, a gente consegue calcular o retorno”, finaliza. OUÇA

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Ofertas de estágio apresentam sinais de recuperação em Juiz de Fora

por Randolfo Oliveira

O CIEEMG em Juiz de Fora funciona no prédio da Associação Comercial, na Praça da Estação

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e para os estudantes obterem a sonhada experiência, exigida como requisito por um grande número de empresas contratantes, a melhor oportunidade é através da realização de um estágio. Após a aprovação da nova lei do estágio em outubro de 2008, o número de posições oferecidas sofreu uma grande redução e, consequentemente, a contratação de estagiários chegou a cair quase 30% em 2009. Mas em 2010 os números apontam uma recuperação e as vagas ofertadas nos primeiros quatro meses do ano já são bem próximas daqueles de dois anos atrás. No primeiro quadrimestre desse ano, 6.567 estudantes foram colocados em estágio através do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEEMG) na região da Zona da Mata Mineira. O número ainda é inferior àquele de 2008, quando 8.293 estudantes foram colocados em estágio, mas já é 13% maior se comparado ao mesmo período de 2009.

Para a supervisora do CIEEMG em Juiz de Fora, Célia Maria de Almeida Tellado, a redução no número de vagas em 2009 tem relação com a nova lei do estágio, já que é normal haver um período de adaptação a uma nova norma legal nas empresas. Mas outras questões, como a crise financeira internacional, também precisam ser levadas em consideração ao se analisar os números. Segundo ela, o período de final de ano é uma época em que geralmente o número de estudantes em estágio sofre uma redução, o que foi agravado por coincidir com a época em que foi implantada a nova legislação, em outubro de 2008. Mas o principal ponto a ser observado são as melhorias trazidas pela nova lei. OUÇA

Para o estudante do curso de administração de empresas da UFJF, Thiago Viana Corrêa, que faz estágio no Sebrae em Juiz de Fora desde maio de 2009, a nova lei do estágio trouxe inúmeros benefícios. “Agora os direitos dos estagiários estão mais claros para os estudantes, como o recesso remunerado coincidente com o período de férias da universidade e a redução da jornada de trabalho durante o período de provas. Apesar da burocratização do processo de contratação, acredito que é importante que a universidade tenha um controle mais rígido e, no final, os benefícios para os estudantes compensam isso”.

Célia concorda e acrescenta que a lei deu mais garantias aos estudantes. “Hoje não pode ser ultrapassada a jornada máxima de seis horas de estágio por dia, a não ser que seja um estágio obrigatório em que ele [o estudante] não esteja mais frequentando a faculdade, aí sim ele pode cumprir até oito horas de estágio por dia”, explica. OUÇA

A supervisora do CIEEMG acredita que o mais importante em um estágio, para o estudante, é adquirir experiência. “É casar o saber com o fazer. O mercado pede experiência. O mercado pede conhecimento. Não só teórico, mas na prática. E o estágio é um dos únicos caminhos que o estudante tem para obter essa tão requisitada experiência.” OUÇA Thiago tem a mesma visão de Célia e complementa. “O estágio traz não só a oportunidade de experimentar na prática o conhecimento obtido na sala de aula, mas também promove um amadurecimento e o desenvolvimento pessoal”, acredita o estudante.

Agora, com a economia estabilizada e passado o período de adaptação das empresas e instituições de ensino à nova lei de estágio, a tendência é que os números de 2010 sejam próximos aos de 2008. “Pelo número de estudantes em estágio do CIEEMG até a presente data, tudo indica que nós vamos superar 2008 e 2009. Nós já temos uma colocação de estagiários substancial, bastante expressiva, em 2010. Se não houver nenhuma recessão econômica que segure o país a gente tende a deslanchar”, finaliza Célia. OUÇA

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Juiz de Fora vence Dia do Desafio 2010

por Randolfo Oliveira

Atividades no Parque Halfeld chamaram a atenção da população

No dia 26 de maio Juiz de Fora venceu mais um Dia do Desafio (Challenge Day), disputa que acontece entre cidades de todo o continente americano que tenham o número de habitantes aproximado. O principal objetivo da disputa é incentivar a prática de exercícios físicos entre os moradores das cidades participantes, divulgando seus benefícios e oferecendo orientações àqueles que já desenvolvem alguma atividade.

Para vencer o desafio e atingir esses objetivos, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) preparou diversas atividades em diferentes pontos da cidade. No Parque Halfeld, atividades físicas e culturais, como capoeira, Kung Fu, exercícios aeróbicos, spinning e danças populares e folclóricas, aconteceram durante todo o dia, com orientação de profissionais de academias de ginástica da cidade e do Sesc.

Laboratório montado na UFJF ofereceu avaliações gratuitas durante todo o dia

Já na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Secretaria montou um laboratório (Selab) onde foram oferecidos serviços de avaliação física àqueles que praticam corrida e caminhada no Campus. Foram realizadas, gratuitamente, verificações de peso, altura, pressão arterial, índice de massa corporal e bioimpedância, que mede o percentual de gordura das pessoas. As crianças também tiveram sua vez, com diversas atividades de recreação realizadas no Bairro de Lazer no período da tarde.

Segundo Wellison Ferigatto, coordenador do Selab, “a maior importância é a conscientização da necessidade da prática de atividade física”. Para Wellison, é preciso tomar cuidados com a saúde e ter acompanhamento médico antes mesmo de começar a realizar exercícios físicos. “Quando a pessoa está praticando uma caminhada e não tem conhecimento que possui pressão alta, ela pode até ter um enfarto”, conclui. OUÇA

Cada pessoa que realizou atividades físicas por pelo menos 15 minutos pode registrar sua participação no desafio ligando gratuitamente para uma central telefônica que contabilizou os dados. Ao final, Juiz de Fora venceu com cerca de 146 mil participações, atingindo 27,1% da população, uma grande vantagem sobre a concorrente mexicana Tuxtla Chiapas, que obteve um índice de apenas 5,08%, com pouco mais de 22 mil ligações. A cidade mineira sagrou-se vencedora de todas as 12 edições do Dia do Desafio das quais participou até agora.

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Inscrições abertas para prêmio de empreendedorismo

Inscrições podem ser feitas no escritório do Sebrae em Juiz de Fora

por Randolfo Oliveira

Estudantes do ensino técnico e tecnológico das instituições públicas de ensino tem uma grande oportunidade de mostrar seu potencial empreendedor. Estão abertas, até o dia 31 de agosto, as inscrições para a edição 2010 do Prêmio Técnico Empreendedor. Desenvolvido através de uma parceria entre o Sebrae, o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Banco do Brasil, a iniciativa teve início em 2002 e já recebeu 1800 projetos. Só em 2009 foram 290 trabalhos inscritos.

Para participar os interessados devem formar grupos de duas ou três pessoas, acessar o edital disponível nos sites do MEC e do Sebrae, e montar um projeto de acordo com o roteiro apresentado, em três temas: livre, inclusão social e cooperativismo. Uma vez concluídos, os trabalhos deverão ser entregues na unidade do Sebrae mais próxima. Em Juiz de Fora, o Sebrae está localizado na avenida Olegário Maciel, 436, bairro Santa Helena.

Na visão do analista do Sebrae em Juiz de Fora, Gustavo Magalhães, o prêmio é importante para incentivar a cultura empreendedora nos estudantes. “Quando os jovens participam de projetos como esse, eles são estimulados a desenvolver seu potencial empreendedor, tornam-se mais ativos e preparados para enfrentar o mercado de trabalho ou buscar uma oportunidade de abrir seu próprio negócio”, afirma.

A etapa de avaliação dos projetos começa em setembro e os resultados da primeira fase serão divulgados no dia 03 de novembro. Os três melhores colocados das categorias técnico e tecnólogo em cada região serão classificados para a Fase Nacional, receberão um certificado de reconhecimento e R$ 2000,00.

Na etapa nacional os três melhores projetos receberão certificados e troféus, além de prêmios em dinheiro: R$ 8 mil para o primeiro colocado, R$ 6 mil para o segundo e R$ 4 mil para o terceiro. Os professores orientadores das equipes vencedoras também serão premiados.

Para mais informações acesse os sites:
Sebrae – www.sebrae.com.br
MEC – www.mec.gov.br
Mapa – www.agricultura.gov.br

Ou ligue para a central de atendimento do Sebrae (ligação gratuita):
0800 570 0800

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