Por Débora Lemos
Candidatos que começaram a campanha eleitoral podem se tornar não elegíveis até o dia 3 de outubro. Desistências e decisões judiciais são algumas causas que podem anular a candidatura de políticos. E os eleitores que não estiverem atentos aos seus candidatos podem acabar desperdiçando seu voto em candidatos fantasmas.
Os tribunais regionais eletorais são responsáveis por abastecerem as urnas com os dados dos candidatos e cada estado tem um calendário próprio. Portanto, quando uma decisão judicial ou desistência acontece após a atualização das urnas, o nome e dados do candidato poderão constar na urna no dia da eleição. Caso um eleitor vote em um desses candidatos, seu voto será considerado nulo.
Nas eleições de 2008, 6,3% dos 379,8 mil candidatos que pediram registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram considerados inaptos, e, dessa forma, não puderam ser eleitos. Com a possibilidade da Lei da Ficha Limpa entrar em vigor, muitas candidaturas podem ser canceladas perto do dia das eleições.
![Paulo Roberto](https://juizdeforaonline.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/09/img_2541.jpg?w=150&h=113)
O cientista político Paulo Roberto acredita que a maioria dos eleitores só decide seu voto na véspera da eleição. Foto por Débora Lemos
Na avaliação do cientista político Paulo Roberto Figueira Leal, da Universidade Federal de Juiz de Fora, esses casos são pontuais e não chegam a ter um nível de significação suficiente para alterar o rumo de uma eleição. “Se você diluir o número de eleitores totais que já não votariam, mais os que votariam em outro candidato, acaba não contaminando o resultado total do resultado.” Ouça a entrevista na íntegra!
De acordo com o TSE, até o dia anterior da votação, os candidatos a presidente, governador e senador podem ser substituídos caso fiquem inaptos por algum motivo. Neste caso, se a carga já tiver sido feita pelo tribunal, o novo candidato concorre com foto, nome e número do candidato antigo.
A comerciante Norma Silva acredita que os partidos políticos deviam se preocupar mais em conhecer o passado dos candidatos para que essa desistência não ocorra e os eleitores despediçem seus votos. “Eles deviam procurar saber direito e se tiver que trocar de candidato, informar a gente para não acontecer isso”. Escute o comentário completo